Ao ponto que chegaram... Era tudo tão perfeito. Onde está essa perfeição agora??
Mergulho num monte de cobertores, mas este som jamais vai embora. Eles continuam...
É notória a falta de amor, a falta de discurso que já a muito existia, a falta de sinceridade. E eu?
Continuam sem parar, e as minhas lágrimas caem descontroladamente. Não desejava isto.
Quem me dera voltar aquele passeio no parque, éramos tão felizes, passávamos a vida a discursar, havia alegria, havia uma família unida. Havia ...

As perguntas preenchem-me o pensamento, tudo a minha volta está numa roda viva.
Mas porquê? Porquê que o amor cega? Porquê que ele preenche de tal maneira o coração de modo a nunca estarmos preparados para as desilusões? Porquê??
Não percebo...
A discussão continua, ouço a mãe a soluçar e o pai a dizer que vai embora! Como é possível? E eu??
É tão injusto, e se o problema sou eu? Mas eu portei-me bem! Fui uma aluna exemplar.. Nada fiz para que deixassem de gostar de mim... E agora?
Tento adormecer... Talvez tudo passe de um pesadelo, talvez eles ainda se amem, talvez reparem que eu estou aqui, debaixo deste monte de cobertores...
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