segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Pudesses tu sentir  este meu amor,
Esta Paixão que alimento incansavelmente.
Soubesses tu o quanto dói.
Este respirar, esta falta, esta lembrança...
Saudades dos dias claros e das noites quentes de Verão.
Saudade desse jeito maldoso e espírito de leão.
Saudades... nada mais que saudades.
E o tempo, esse efémero tempo que tanto nos afasta ou afastou.
Esse tempo perdido em que te deixei, em que me deixas-te.
Pudesses tu sentir este meu amar. 
Pudesses tu evitar este meu chorar. 
E desejando-te, continuo a desejar,
Até ao dia que te lembres de mim, de ti,
E de tudo aquilo que ficou por contar. 

                                                                                     D.M.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Como gostar ?

No jogo da paixão, ou os dados estão em sintonia, ou o mais provável é a jogada correr mal. Ou se gosta a dois, ou não se gosta. É impensável gostar pela metade. No dar e no partilhar não existem lados, não existem partidos. Os sentimentos não se igualam, não se comparam. Não se pode argumentar quem dá mais ou quem dá menos, pois quando se gosta a troca é mútua, é de igual para igual. Sentimentos não se exigem, não se imploram. Cativam-se. Aos poucos, assim como quem não quer a coisa…
Neste quebra-cabeças que é a paixão, todos têm o seu tempo, a sua forma de aos poucos aceitar o que esta trás. Muitos receiam, duvidam e colocam questões em todas as jogadas que pretendem tomar. Mas quando se gosta, aceita-se. Espera-se. Compreende-se. E mesmo depois de tudo isto, continuasse a tentar.
Gostar é sentir saudade estando perto, é querer beijar estando a beijar, é querer encarnar um no outro a meio de um abraço prolongado. Quando gostamos, as horas e os minutos são a nossa guerra de almofadas. O tempo parece um tic tac demorado, um tic tac insuportável. Pois quando se gosta a presença é fundamental.
O respeito, o carinho, o valor, todos eles são obrigatórios, todos eles são regra a cumprir. E quando se gosta, nada disto é difícil de executar. As boas atitudes saem naturalmente, os beijos, os carinhos, as festas ao de leve… as coisas acontecem, só porque sim.
Parece fácil. Seria fácil se o gostar que eu falo fosse um gostar verdadeiro, real.
É triste quando um sentimento bom se resume a mágoa. É triste quando este conto de fadas não passa de uma comédia de mau gosto. É triste. Mas quando se gosta, gosta-se. Assim, sem problemas. O certo é que a paixão é um jogo, e infelizmente os problemas são o seu forte. É então que as tristezas e as desilusões se acumulam. O tempo passa e falta que sentimos começa a exagerar e a carregar o peito de dor. E os erros cometidos de dia para dia parecem magoar cada vez mais. As memórias que supostamente deveriam ser boas, apagam-se. E no pensamento só surge aquele momento: O momento em que eu deixei de gostar.   



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