domingo, 23 de outubro de 2011

Fiel a mim mesma

Quero ter as forças que todos dizem que tenho,
Quero sonhar com mais facilidade,

Libertar-me desta armadura que construí,
Sorrir sem preconceito,
Ser eu mesma e não uma máscara,
Quero voltar a amar e a ser amada,
Quero confiar mais em mim e no que querem de mim,
Quero chorar as minhas lágrimas sem as esconder,
Falar as minhas frases sem ter qualquer tipo de receio,

Ser feliz e desfrutar da minha felicidade,
Quero viver o que não vivi e recordar o que um dia perdi,
Quero ser assim, para sempre, fiel a mim mesma! 



Love is patient, love is kind. It does not envy, it does not boast, it is not proud. It is not rude, it is not self-seeking, it is not easily angered, it keeps no record of wrongs. Love does not delight in evil but rejoices with the truth. It always protects, always trusts, always hopes, always perseveres.

Pequeno Príncipe



Há muito tempo atrás na barriga de uma mamã nasceu um príncipezinho, pequeno, indefeso, cujo tudo aos seus olhos era um conto de fadas. As borboletas coloridas preenchiam o seu coração e os pássaros que sobrevoam a sua cabecinha faziam-no crer na liberdade humana! Tu ao seu redor era uma magia constante, um arco-íris de emoções e o amor em que nascera envolvia-o de dia para dia. Esse príncipezinho era amado! 
Os anos passaram e com eles as voltas da minha trocaram-se, umas cruzaram-se outras simplesmente se afastaram, aos poucos o pequeno príncipe tomou noção da realidade em que estava inserido, tomou conta das cores que de dia para dia se alteravam. As borboletas e os pássaros que em tempos lhe preenchiam o coração passavam uma vez por outra, quando tudo parecia mais calmo. Mas o pequeno continuava a sua viagem... Na esperança de reencontrar esse mundo que em tempos amou! 
Andou até não mais poder... Viu de tudo, dor, solidão, morte, ganância, interesse, crueldade...  E nos poucos momentos de afecto também saboreou a fraternidade da vida, chegou mesmo a olhá-la de frente, a sentir o seu calor e quão bom este parecia ser.
Porém a vida dorida e machucada pelo homem só deixava sentir esses sentimentos num curto espaço de tempo. Foi então que o pequeno príncipe verteu a sua primeira lágrima, estava diante de um Mundo onde o amor que em tempos sentira já não bastava. Agora olhava um mundo em que o perdão era mais abundante que tudo o resto. Amar era secundário... Já nem a esperança que alimentava lhe servia. As cores agora escuras, fizeram despertar o desejo de querer voltar para o sítio de onde vinha, queria voltar a sentir de novo aquele calor, queria voltar a ver os pássaros e as borboletas que tanto admirava... Queria e por querer assim o fez... Voltou atrás, para um espaço mágico, do qual todos os príncipes e princesas acabam por desejar já mais sair... Voltou para um sonho, onde todos, quer príncipes ou princesas, acabamos por sonhar.







sábado, 22 de outubro de 2011

Dilema


Refresco o meu corpo, esfrio a minha ilusão e acordo para uma vida totalmente alheia ao meu ser. Sigo os passos de alguém que desconheço mas que o seu testemunho me confessa. Dou de caras com os destinos da vida e à minha disposição só tenho uma escolha. Escolho o meu orgulho, a minha felicidade como mulher! Escolho ser amada e reconhecida. Viver o que nunca conheci ...
Sofro de um dilema de amor, algo que um dia jurei levar comigo, sofro de uma pequena culpa, a qual sem problemas admito. Temo o futuro e o que com ele poderá vir.
Por vezes imagino uma vida partilhada e amada a dois, dois rumos diferentes mas com o mesmo destino.
Faço das palavras do meu coração borboletas e liberto-as nesse imenso espaço azul, grito-as aos céus para que nele fiquem cravadas. Petrifico as dores que me assolam a alma e faço dos meus desejos espaços de tempo em que me encontro e aos quais atribuo uma eterna paciência. Continuo calada, guardando para mim este medo... As minhas palavras são meras discordâncias de vida, algumas interpreto-as de bom grado outras cubro-as de uma manta de ilusões. Imagino um mundo puro e um coração salvo de sofrimento.
Imagino-me envolta nuns braços fortes, junto a um corpo que liberta dos seus esporos uma segurança amena. Imagino-me a acreditar de novo num futuro amor, numa nova conjuntura de laços.
Desfaço os enlaces da minha alma, faço uma escultura de sonhos e liberto-me desses discursos de consolação. Sobrevivi uma vez, amei e dei tudo o que tinha, abandonei e voltei a reconstri uma vida à qual hoje pertenço, segui portanto o meu caminho.
Nesta estrada de vida na qual me encontro, muitos são os conceitos que desconheço, por vezes ainda dou por mim num tempo passado a reviver certas juras... mas depressa volto à terra assegurando-me que o meu coração permanece intacto.
Já vivi sonhos alheios, já adquiri uma personalidade que não a minha, vive tempos coberta de uma máscara. Temia o mundo e o facto de me emancipar como mulher... Hoje sou outra e o meu coração o mesmo, o meu discurso altera-se de acordo com as matérias que vou aprendendo ao longo da vida. A minha alma deveras solta aos poucos vem ao meu encontro, e o frio que me esfria é aquele que com o tempo eu deixo que me aqueça. E assim, nesta indecisão contínua permaneço, esperando um passado ainda acordado ou um futuro ainda por sonhar!







Pensar em Ti













Pensas em mim tal como eu penso em ti, desperdiçamos o pensamento com um tempo que em tempos foi nosso! Revivemos as mil e umas aventuras que juntos vivemos. Lembramos as palavras ditas nos bons momentos, as carícias partilhadas quando o nosso amor era algo de verdadeiro. O calor que dávamos um ao outro quando o frio de inverno nos assaltava, as pernas entrelaçadas pelo medo de um dia nos largarmos nesse mundo. Era tudo uma cápsula de pretextos para um feliz para sempre vivermos ... Mas os tornados da vida alcançaram-nos muito antes de conhecermos o nosso verdadeiro amor, e esses ventos que fortes eram levaram para longe uma paixão agora adormecida. Revejo-te em memórias desvanecidas, em sonhos que parecem uma eternidade. Lembrar de ti doí... Por vezes ainda me sai o teu nome como sendo meu, quantas não são as noites em que acordo ainda meia adormecida e depois dou por mim à tua procura numa cama meia fria... Foi um destino que nos fugiu e nos deu rumos diferentes. São agora traços de uma vida marcada pela inconsciência do não saber amar! Penso em ti, ás vezes, quando o silêncio invade o meu espaço e tudo a minha volta parece mais triste do que o habitual. Penso em ti tal como pensas em mim, nem pouco nem mais, penso porque um dia foste o meu principal pensamento... Penso, porque és uma história que me dá que pensar! 

domingo, 16 de outubro de 2011

Soluço aos ventos esta dor


Esta dor é profunda, lavo-me em lágrimas, soluço aos ventos esta dor para que ma levem! Faço de tudo... mas ela permanece em mim, cresce com uma hera em volta de mim, sufocando-me a cada dia que passa! Ó destino meu, porque me és tão mal agradecido? Porque me fazes chorar??
Doí-me o corpo, doí-me a alma, choro como a muito não chorava! Sinto-me pequena, sozinha e magoada! Porquê vida? Porque me fazes isto? A mim, que mesmo depois de tudo, sempre falei bem de ti!  

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Uma história de prazer



... volto a enrolar-me no lençol, a tua mão fria toca na minha pele fervente, sinto o êxtase total a percorrer o meu corpo. Os teus lábios colam-se aos meus, as nossas línguas unem-se e depressa estamos os dois envolvidos na tentação do desejo!
Sinto uma carícia no meu corpo, um arrepio percorre-me fazendo-me dar um pequeno gemido de prazer... Sinto a tua respiração e o teu coração bate cada vez mais depressa. Agarras-me os cabelos que se acabaram por soltar no meio de tanto amanso, agarras-me cada vez com mais força, deixas-me sem ar ...
Beijo-te da forma mais louca que conheço, percorro o teu corpo já decorado aos meus olhos e faço-te levitar num prazer inigualável, prazer esse que jamais voltarás a sentir!
O lençol  aos pés da cama caído está, sobra-nos os nossos corpos que se resguardam um ao outro, juntos fazemos uma manta de paixão.
Cravo as minha unhas nas tuas costas e por momentos chamo-te de "meu", pegas-me na cintura e deitas-me sobre a mesa na qual tínhamos jantado. E neste ritual continuamos, percorrendo corpos e sítios deixando em cada canto um cheirinho deste nosso prazer.
Voltamos à cama, onde tudo começou, onde tudo sempre começa, agora mais calmos o teu beijo é mais suave... Sinto-te chama! Mais uma loucura que fizemos... Acabamos nus, um ao lado do outro, agora apenas de mãos dadas e olhares trocados. Que esta força perdure para sempre dentro de nós, que estes momentos sempre se concretizem e se dêem da forma mais surpreendente de todas!
Dou-te um último beijo. Espero que adormeças... O quarto no qual por momentos se ouviram gritos de prazer aos poucos vai ficando silencioso, no ar paira simplesmente o cheiro de um acto cometido.
Por fim adormeces, aos poucos começo a vestir-me, arranjo o cabelo, calço os sapatos, estou pronta!
Olho uma última vez para ti, pareces santo nesse momento, deslumbro-te uma última vez e saio!
Não olho para trás, não me despeço... Deixo na memória uma cama e dois corpos. Saiu e sigo o meu caminho, com a mesma maturidade, com o meu ego intacto, com o meu sentimento igual... Foi só mais uma história, um pedaço de um capítulo de um livro que um dia estive prestes a rasgar.









sábado, 8 de outubro de 2011

Presente Lúcido


Em tempos uma outra personalidade me invadiu, cheguei a ser a espécie mais cruel e desequilibrada de todas, um outro eu me invadia constantemente, expondo o meu lado mais escuro, aquele lado que aos olhos de muitos era algo de impossível, mas ele via-o, ele sentia-o...

Envolta numa revolta constante deixava-me cegar muitas vezes pelo o meu silêncio, que se tornava ensurdecedor fazendo-me explodir em gritos histéricos que me assolavam a alma. Era uma outra, algo que até hoje não o voltei a ser...
Mostrei o meu lado negro, rebaixando, maltratando, humilhando... Tudo em prol da minha tão dita dignidade. A crueldade em mim por vezes surpreendia, possuía-me fazendo-me esquecer o meu verdadeiro eu.
E quando o meu sofrimento mostrava o pior de mim, envolvia-me em choros forçados, os quais não podia evitar, os quais jamais me imaginaria a chorar!
Faltas de respeito, agressividades, vinganças... cometi de tudo um pouco! Arrependo-me, pois hoje sei que não era eu! E hoje dou graças por finalmente me ter reencontrado e deixado esse "bico" para trás.
Como é possível naquele tempo ter mostrado o pior de mim e não me ter apercebido de tal coisa, como fui eu me transformar, como deixei que me transformacem?
Hoje que estou num presente lúcido revejo as minhas atitudes e afirmo a minha parte nessa tão dita culpa! Descarrego em frases aquilo que um dia ignorei, aquilo que um dia deixei que fizesse parte de mim. Assumo o meu tão grande erro, aliviando assim a minha alma um pouco pesada. Um passado é sempre um passado...
Palavras cruéis, ódios presentes, desprezo, um dia deixei que se encaixassem em mim. O ser humano chega a ser cobarde ao ponto de não reconhecer um fim, fazendo depois destas atrocidades... Tornando assim incompreensíveis tais situações.

Mas hoje sou uma outra, renasci, hoje admito os meus erros e orgulho-me, pois deixei para trás essa infelicidade de pessoa. Hoje que os meus dias são coloridos e já mais a palavra sofrimento entra no meu dia-a-dia, hoje que me encontrei, hoje que sei o certo do errado, grito aos céus os meus mais aliviados gritos, sinto-me preenchida, renascida, algo de novo!


Rasguei o meu rascunho de passado, assumi e entendi os meus erros e continuei.. Continuo! De alma leve, passo ante passo, a minha estrada de imperfeições, tentando-me aperfeiçoar e moldar a cada passo dado! Tentando evitar um passado que um dia me levou à fraqueza, fraqueza humana que é essa cobardia que por vezes somos.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O não de um tempo!

Cresci criando sonhos sobre sonhos, a minha mente sempre viveu inventado e criando pedaços de algo. Aprendi a sobreviver e a valorizar tudo o que de bom tinha, era sempre mais um incentivo para este meu sonho. Com o que mal me deixava, aprendi a melhor forma de lidar, guardando para mim no meu silêncio a minha mais modesta opinião.
Ás minhas quedas sobrepus as minhas vitórias e assim continuei, pensando que tudo era possível, bastava querer... E eu quis, quis tanto que muitas vezes esqueci-me dos mais pequenos pormenores!
A vida tem as suas ervas daninhas, tem os seus pôs e os seus contras e metade das vezes nunca corre como planeamos. É difícil aceitar esta nossa luta, quantas não são as vezes que nos perguntamos o porquê de aqui estarmos? Olhamos em volta e sentimo-nos perdidos, desconectados e muitas vezes excluídos. O nosso mundo é sempre o nosso mundo ...
E sonhamos, sonhamos porque a esperança de um novo amanhã, um amanhã melhor, não morre! Seguimos a nossa jornada relembrando de tempos a tempos tudo o que um dia nos fez crescer, e aos poucos as feridas abertas começam a sarar.
E neste ciclo vicioso permanecemos, sempre na mesma rotina, sempre na mesma precaução, pois nesta grande árvore que é a vida uma queda podes-se dar a qualquer momento, afinal em todas as árvores há sempre uma primeira e uma última folha a cair.
O "não" de hoje será o "sim" de amanhã, apenas temos de o aceitar e respeitar! Para mim um "não" não significa derrota, mas sim luta! A sabedoria do saber esperar por vezes torna-se num grande mérito, a que saber usufruir dessa espera e acreditar... pois tudo tem um porquê e por mais que neguemos, tudo está predestinado!
Portanto, orgulho-me do que alcancei e do que não alcancei! Sabendo que no futuro o meu sono será alcançado da forma mais gloriosa de todas! Sei esperar, sei ponderar os meus "não" sem abdicar dos meus "sim". Sei porque luto, sei porque acredito no meu amanhã!

domingo, 2 de outubro de 2011

Que significado o teu?

Vida que unes passados com presentes, vida quem és tu, que um dia trazes e noutro levas? Um dia tiras e noutro dás? Oh vida, porque te deram esse nome, quem és tu afinal? 
Um dia feliz e noutro infeliz, tu que tudo podes e tudo queres, tu que és essa força fugaz que impõe tudo e todos, tu que regulas as leis do homem com esse teu nome, vida!

Autêntica, imprevisível, incompreensível, única assim és tu... Um jogo de xadrez, preto no branco, branco no preto, um prefeito e inquebrável enigma.

Tu que aos olhos de poucos és tanto e aos olhos de muitos tão pouco! Tu... De ti nada podemos esperar, hoje sim amanhã não, afinal que significas tu?
Neblina das neblinas, fado de todos os fados, Oh vida que é feito de ti? Oh vida Que faço eu de ti??




Um regresso esperado!



Em tempos que já lá vão, pedaços de épocas passadas caem na minha memória. Lembro a íris dos teus olhos e o rosa dos teus lábios... Os traços desse teu perfeito rosto decorei, lembro-me que o teu ser era o meu ser, mas ainda mais belo.
Lembro, pedaços do que em tempos um todo foi, a aventura que a meio deixamos e tudo o que uma dia criamos  e aperfeiçoamos em conjunto. Lembro ...Caio numa introspecção profunda e a nostalgia desse amor invade o meu pensamento, sorriu ... Parece que oiço a tua gargalhada, a tua maneira "tola" de falar... O teu rosto está plenamente presente na minha memória, permanece tal e qual desde a última que te vi. O mesmo de sempre, Tu! E em balanços de vento agreste, deixo-te ir, mais uma vez, sem me afeiçoar, sem ter qualquer tipo de pena... Deixo-te ir simplesmente. As histórias passadas são assim, deixam-se ir ... Apenas ficam as boas e verdadeiras memórias. Apenas fica o que queremos deixar ficar!

Já foste... Agora resta-me esperar, ainda trago dentro de mim a esperança do teu regresso. Ainda trago dentro do meu ser a esperança do regresso da minha plena felicidade! 
Ainda te trago meu príncipe, bem guardado, no cofre mais precioso de todos, Eu!

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