sexta-feira, 29 de março de 2013

Mundo meu.


    Vou-te dar a mão. Hoje trago-te para o meu mundo, aquele mesmo que te falei e que tu não acreditavas que existia. Vou levar-te à minha realidade. Vou mostrar-te alguns dos caminhos que percorri e percorro. Saberás um pouquinho mais da minha história e do porquê de eu ser assim, estranhamente estranha. Verás com os teus olhos o meu mundo, apreciarás as minhas cores, os meus sonhos e os meus textos. Aqueles que escrevo quando a vontade me toca. Sentirás dentro de ti um pouco mais de mim. E verás que com o tempo crescerá em ti um desejo de querer ficar, de querer descobrir este mundo ao qual te apresento.
     Verás que afinal sou apenas uma mulher, e que as mulheres são estranhas.
     Mas prepara-te, não encontrarás só o meu sorriso largo. A minha tristeza, as minhas desilusões, as minhas quedas. Todos eles têm lugar marcado no meu mundo. Estão arrecadados no caixote que etiquetei como Passado. Aí encontrarás as minhas fraquezas. Os meus momentos maus.
        Quando o vires promete-me que não vais fugir! Promete-me que apertarás a minha mão sem nunca a deixares escapar.
     Acredita, mais à frente encontrarás um lugar especial. Um lugar que guardo com o coração, justamente por ser ao coração que ele está reservado. É um lugar vazio, silencioso. Ainda não tive tempo, nem sorte de o preencher. Está guardado para alguém que ainda não conheci. Alguém com quem um dia partilharei o meu ser, a minha alma e este mundo que acabo de te mostrar. Alguém que, no fundo, me curará.
       Este é o meu mundo, aquele mesmo que te falei, lembras-te? Hoje mostrei-te um pouco mais daquilo que sou. Consegui abrir-te um pouquinho das portas de cada canto meu.
Espero que a desilusão não te tenha assaltado, esta sou eu de corpo e alma, alma e ser.
     É estranho sentir a mão quente, apertada, segura. Obrigado por corajosamente conseguires ficar, obrigado por não fugires e aceitares esta parte de mim. Prometo que amanhã te mostro um pouco mais.
    Do meu mundo, de mim, e quem sabe daquele lugar que te falei… Só precisas de querer ficar.
   Só precisas de ficar!

quinta-feira, 28 de março de 2013


Rifa-se um coração que insiste em cometer sempre os mesmos erros. Esse coração que erra, discute, expõe-se, perde por completo o juízo em nome de causas e paixões. Esse coração que tantas vezes sai do sério e, por vezes revê as suas posições arrependido das palavras e dos gestos tomados. Esse coração que tantas vezes fora incompreendido, tantas vezes provocado, tantas vezes impulsivo. Rifa-se esse desequilíbrio emocional que abre sorrisos tão largos que quase dá para engolir as orelhas, mas que também arranca lágrimas e faz murchar um rosto. Rifa-se.

sábado, 16 de março de 2013

Sonhos Cor-de-Rosa


Tenho sensações estranhas, pressentimentos que me fazem ganhar um certo friozinho na barriga. Sou de olhares, palavras e tactos. Sou de tudo um pouco, e de tudo sou feita. Grandes e pequenas atitudes. Ilustres e delicadas acções. Tudo me cativa, tudo me afasta. Tocam no meu coração, tocam em todo o meu ser. Todo ele vibra e dá pulinhos ridículos, típico de quem se derrete com apenas um sorriso. Vivo a fugir para um mundo colorido que construí com os meus encantos. Adormeço e sonho sobre as suas nuvens, deixando-me ir ao sabor do vento. Permaneço num silencio reconfortante que me trás paz interior, que me trás tudo aquilo que diariamente me falta. São apenas breves minutos de uma tranquilidade cor-de-rosa, com cheiro a algodão doce. Sinto o calor da minha alma, a inspiração das minhas palavras. Nessa coreografia de sentimentos deixo-me ir, colocando à deriva a escritora que há em mim. Sofrimentos de parte, nascem em mim todos os tons do mundo. Colori-me dessa felicidade, viciem-me nestes instantes. Apaixonei-me. Entreguei-me de mente e alma, redescobri o meu ser, o meu ego, a minha alegria. E agora,  que será de mim? Que será de mim agora que descobri onde pertence o meu ser? Realidade, porque és tão "matreira"?   


quarta-feira, 13 de março de 2013

Aos que me detestam, aos que não gostam de mim e aos que gostam assim a assim.


Há uma altura na vida em que deixamos de nos importar. Optamos pelo esquecimento forçado e seguimos. Deixamos de parte todos aqueles que nos desapontaram e que, de certa forma, nos desiludiram. Aprendemos a lidar com erro dessa pessoa, e aceitamos a sua ingratidão. Recorrendo ao nosso íntimo, guardando para nós esse desgosto.
Também existe um momento em que percebemos que a maior virtude da vida, está no desprezo que atribuímos às coisas insignificantes. A todos aqueles que, de uma maneira ou de outra, não nos aceitam.
Aprendemos a lidar com as suas críticas, com os seus inconformismos, os seus devaneios e até mesmo as suas maldades. Começamos a ganhar dentro de nós um pouco mais de bom senso, começando então a separar o que está certo do que está errado. Começando a desprezar. Seguindo, sempre.
E mesmo que uma imensidão de gente não nos aceite, apenas nos foquemos em continuar. Afinal, quem são eles para julgarem o que vai dentro de nós?
Cabe a cada um seguir os seus próprios valores e tomar os seus próprios juízos. Cabe a cada um o direito da palavra. De a dar e de a não querer dar. E mesmo que tudo isto traga desaforos, apenas continuemos.
A vida constrói-se com compromissos que assumimos, com o nosso coração, com a nossa consciência. E todos esses maldizeres diários, acreditem, um dia serão o nosso forte.
E sabem aquela inveja constante? Aquele desdém importuno? Aquele mal que nos lançam simplesmente porque sorrimos? Ignorem-nos, a todos eles. 
Façam deles música, deixem-nos soltos, eles iram rodopiar com o vento.
Entendam que essas atitudes vêm de seres que se sentem insaciados por algum motivo. Seja carência, ou excesso de confiança, todos eles nutrem dentro de si algo que só por si é triste. Invejam-nos, temem-nos e têm a necessidade de nos fazerem sentir inferiores, daí os seus incontroláveis ataques. Muitas vezes feitos de forma cobarde, à nossa retaguarda.
Por isso, e já que essa gente não vê o nosso interior, deixai-os de parte. Acumulem-nos às insignificâncias da vossa vida. E sigam (sempre). Pois aquilo que somos, é aquilo que criamos. E que mal há em criarmos algo diferente? Que mal há, em sermos diferentes? Valores meus amigos, apenas valores.
D.M.

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