quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Hoje sinto-me uma "Fernando Pessoa"


Encontro-me em em Coimbra, cidade de todo o encanto, sentada numa esplanada de um café. Observo as pessoas que passam na rua: observo os seus rotos, as suas atitudes e toda uma conjuntura de actos que formam o chamado viver. Viver que é tão bom e ao mesmo tempo tão difícil. Cada rosto que fixo transmite-me algo, não sei bem o que sinto, mas creio que cada pessoa desperta em mim sentimentos diferentes. Vejo de tudo um pouco; Gente alegre, gente apática, pessoas de sorriso estampado e pessoas que há muito se esqueceram dele. Provavelmente deixaram-no por aí perdido, algures nessas ruas da eternidade. Tem dias que me apetece fazer o mesmo com o meu. Sinto-me uma autêntica “Fernando Pessoa”. Apetece-me levantar da cadeira e ir de pessoa em pessoa dar uma palavrinha. Não sei ao certo o que poderia dizer, visto que falar com estranhos é coisa que raramente faço. Mas lá está, cativa-me essa sensação de falar com estranhos. São estranhos, nada sabem sobre mim e eu muito menos sei sobre eles e palavras amigáveis todos nós deveremos gostar de ouvir. Então a minha vontade é essa, fazer o bem hoje, alguma coisa de útil, de grande, de valor. Às vezes a vida tem segundos tão insignificantes… porque não aproveitar esses segundos e fazer deles grandes momentos? São vontades. Imensas vontades que se poderiam traduzir em grandes gestos se todos nós fossemos um pouco mais humanos. Acebei de sorrir para uma velhinha que está neste preciso momento a entrar no cafezito onde me encontro. Já fiz um gesto bom! Por mais pequenino que seja foi bom, pois essa graciosa senhora devolveu-me o sorriso com outro sorriso. Hoje deu-me para isto, sentar-me neste café e escrever. Ser escritor é isto mesmo: sentar, observar, sentir e escrever. Hoje falo de vontades, amanhã falarei de conquistas.
O importante é nunca deixar de sentir. 

sábado, 8 de dezembro de 2012

Chega deste erro.



E chega. Chega dessa humilhação que me causas. Chega dessas ofensas que te achas no direito de me dar. Chega desse desprezo e desse amor interesseiro que tens por mim. Chegou a hora de levantar a cabeça e dar graças à pessoa que sou. Está na hora de voltar a olhar para mim. Para aquilo que sou e que tanto amo. Desperdicei muito do meu coração contigo. Sufoquei até as forças me falharem, tentei de tudo e de tudo te dei. Mas agora basta! Chega deste amor vadio regado por estas lágrimas que em vão deitei. Jamais voltarei admitir que me uses, difames e me coloques de parte sempre que bem entendes. Verás agora toda à minha força, todo o meu ser a lutar contra este sentimento. O desprezo que me deste, será o desprezo que te vou retribuir. Selando contas. Deixando para trás essa pessoas que és, que tanto mal me fez. E se um dia eu voltar amar, que me lembre então de ti, e de tudo o que não me deste. Pois ao lembrar-me saberei que optei pela escolha certa. Deixando-te, estou abrir caminho para uma nova fase. Fase essa onde homens (meninos) como tu não têm espaço. Essa pessoa que és, que te tornas sempre que te dá para alucinar, um dia cairá. Será a queda da tua vida. E quando estiveres no fundo do poço mais profundo, ver-me-às no topo e verás que um dia eu realmente podia ter sido a tua possível vida. Foste para mim o que mais ninguém foi. Mas agora chega! Quem te risca sou eu. Amar quem não nos ama, não é um erro, é uma completa burrice. Deixar que alguém nos humilhe, nos faça sofrer, nos torture é uma crueldade ao nosso ego. Tu foste mais que cruel, foste desumano. Preencheste-me da maior infelicidade de todas. Quebraste os meus sentimentos e fizeste deles estilhaços.Sem dó nem piedade usaste-me. Chega desta tortura. Chega deste amor não correspondido. O mundo é enorme e tu és simplesmente mais um covarde que eu tive o desgosto de conhecer. E pelo amor que eu tenho a mim e aos que me amam, hoje eu coloco fim a estas lágrimas. Por mais que me custe, hoje começo-te a arrancar do meu peito. Sou linda, sou inteligente, sou verdadeira e boa pessoa e tu jamais serás digno de uma pessoa como eu. Chega! Chega desta ilusão, chega deste erro.





Este texto é dedicado aos meus amigos. A todos aqueles que todos os dias me fazem ver que o mundo é um lugar belo, cheio de pessoas dignas de se amar.

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