terça-feira, 6 de agosto de 2013

hoje apenas sinto.

  Perco-me por pensamentos que me sugam as veias e tudo o que nelas corre. Sinto o pulsar de mil sensações e o peso que estas exercem sobre mim. Por vezes parece que não sinto, por outras sinto mais do que devo, do que quero, do que sou capaz. Não sei explicar, apenas sinto!

  As transparências começam a correr em mim, assim como aquela quantidade de sentidos necessários. Aquele vazio com o qual me conformei, teima em se preencher, em deixar fluir em mim todos os sentimentos que um dia guardei no baú dos conformismos.
  O meu corpo, do qual já não tenho poder nenhum, grita e implora por sentir mais. Todos os dias me exige uma dose de diferença, algo que coloque os obscurantismo do passado lá longe.  Longe, onde tudo o que não ficou está. 
 Num silêncio que não tem fim procuro por esses cantos sinistros o que fui, o que era e o que já não sei se sou. Enfraquecida por este sentimento começo-me a render a todo um mundo desconhecido, a todo um calor adormecido que em tempos abandonei. Começo a sentir... Arrepios! 
 Num braille corporal todos eles correm em cada centímetro desta linha infinita que é o meu corpo. Estou tentada a deixar fluir estas recargas de insegurança, estou tentada a ser tudo aquilo que nunca fui. Hoje, neste momento, aceito ser mais, aceito dar mais. A lua é minha aliada, tudo o resto não importa. Porque hoje, hoje apenas sinto.


D.M










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