Todos os dias da minha vida são uma surpresa constante. Já não sei planear o futuro! O que hoje quero amanhã esqueço, e por mais que tente investir num sentimento, existe esta parte de mim que me manda permanecer assim, intacta de afectos. Quem me observa não me entende, e as criticas começam-me a parecer verdade. Na minha mente pairam fantasmas antigos, fantasmas que me perseguem assombrando todos os meus quereres. Outrora já fui capaz de ser quem queria ser... em tempo, em lugar, em circunstância. Hoje, sou uma noite, um único "olá" seguido de uma despedida. Não me dou a conhecer, não me apresento, não me agarro.
Sou uma utopia de um sonho quase perfeito, pena que não me dê por completo. As vezes fecho os olhos, sonho com um dia normal, em que tudo não passa só de apresentações, sonho com contacto, não físico, mas um contacto mentalmente aceitável. Neste silêncio onde me encontro, são tantas as questões que me coloco, são tantas as insanidades que me atraem. Gosto de ser um ser indomável, mas todos os seres precisam do seu equilíbrio. Se sou correcta, se arrisco, se estrago? Pelo menos faço-o com o que é meu. Sei que sou culpada desta minha dimensão, sei que poderia ser e fazer melhor. Mas o errado atrai-me de uma forma terrivelmente apaixonante. Sou bicho, fantasia, ser sem ser. Sou imperfeita, e serei-o por tempo indefinido. Sou um contraste perfeito: anjo de dia, diabo e moça de noite.
Minha alma está presa num tempo indefinido, magoada vagueia pelas ruas da eternidade, sem saber o seu poiso, sem saber a sua calma. Tentando evitar olhar o passado, encara o futuro como desconhecido, e silenciosamente passa... Não a sentimos, apenas a conseguimos ler!
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