domingo, 7 de abril de 2013

(In)diferente.

              


Foi tudo uma questão de segundos. Tal e qual a trovoada que chega sem avisar. A ela interessou-lhe a diferença. Aquela maneira de ser que ela nunca conhecera. O obscurantismo que pairava entre as entrelinhas das suas conversas sugava a sua atenção. Acorrentava-a as palavras por longas horas, horas essas que ela nem sentia passar. Eram conversas hipnotizantes que faziam crescer em si todos os sorrisos do mundo. Eram tão diferentes, um oposto que no seu pensamento se podia atrair. Ele nem sabe o quanto a cativou. Não em beleza, não em expectativas. Cativou-a de uma maneira que ela jamais sentira. A diferença. Somente a diferença fez crescer nela esse interesse forasteiro com que ela começava agora a lidar. Era uma diferença boa, porém uma diferença iludida. Uma diferença que agora é tão indiferente…


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