Minha alma está presa num tempo indefinido, magoada vagueia pelas ruas da eternidade, sem saber o seu poiso, sem saber a sua calma. Tentando evitar olhar o passado, encara o futuro como desconhecido, e silenciosamente passa... Não a sentimos, apenas a conseguimos ler!
sábado, 12 de outubro de 2013
Lacres.
Quando tudo está a correr bem tenho sempre a
sensação de que alguma coisa, lá no fundo, está muito errada. Sei lá, é como
se um relacionamento saudável fosse impossível no meio desta confusão toda. E quando eu não consigo ver os erros, eu fico com a certeza de que
estou a ser enganada! E procuro, investigo, reviro o mundo na esperança de encontrar os defeitos, as mentiras, e os motivos para terminar tudo. Percebem a
loucura? É como se ninguém me pudesse amar e ponto final! De tanto colarem o
adesivo de ‘trouxa’ na minha testa, qualquer carinho me parece suspeito. Conseguem perceber a tortura? Fico a oscilar entre confiar e desconfiar, a querer
viver uma história leve e mesmo assim sempre afundar-me nas minhas neuroses e
cicatrizes. E nenhum homem aguenta isso, homem nenhum percorre o meu
labirinto até ao fim. Mas como é que eu me posso entregar sem antes saber se
posso ir inteira? Como é que eu posso confiar de novo sem antes saber se vai ser
realmente diferente? Quero alguém que rompa os meus lacres, não que me
lacre ainda mais! E sigo, pronta para estragar tudo, mais uma vez, só para não ficar pior depois. Quando
eles finalmente se cansam e saltam do barco, porque percebem que sou uma louca, aí sim, eu
fico satisfeita. Volto para a fossa por um tempo, mas sem mistérios, pois já conheço
bem o lugar e a sua porta de saída. E aí penso: “Vêem, eu sabia que estava
certa”. Enfim, talvez eu não seja namorável.
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