E então eu decidi, após todas essas
tentativas frustradas, desistir. Deixei ir todas as preocupações que me
incomodavam sem direito para tal. Joguei tudo fora como medida de protecção
comigo mesma. Não podia mais compactuar com esse jogo de injustiças e
imaturidade. E como não conseguia compreender as situações do dia-a-dia, nada
melhor que deixar ir tudo o que me roubava o sono. Assim como este sentimento
de dúvida! Esta dúvida que, bem lá no fundo, eu sabia a sua resposta, apenas me
custava aceitar que ao longo deste anos nada ou quase nada mudara. Aceitei.
Aceitei que as pessoas são livres de tomar as suas próprias decisões e fazer
delas o que bem entendem. No meu caso, apenas tive de aceitar que nem todos as
sabem tomar. E por vezes, temos de excluir a ideia de esforço, pois certas
pessoas optam pelo troço mais fácil, aquele que cujo esforço é mínimo mas cujas
complicações são inúmeras. Certas causas são perdidas e, por vezes, temos de as
deixar de parte, deixando-as agir de forma irracional nunca tentativa
desesperada que estas aprendam com os seus erros. Se é que um dia vão aprender
de alguma forma. O que não é justo é ocupar a nossa consciência com casos
perdidos. Não é justo arrumar as desordens dos outros quando ninguém arruma as
nossas. Chega uma hora em que é preciso deixar de parte certas esperanças e
começar a depositar a nossa fé em outras causas. Não digo que seja fácil, não
é, diariamente luto com causas perdidas. Mas aprendi que a verdadeira fé está
em nós, e naquilo que aprendemos com aqueles que optam por más decisões. Infelizmente
não podemos ter tudo ou considerar tudo, mas podemos decidir o que fazer com as
nossas vidas a partir do momento em que tomamos plena consciência do que a vida
é. Resta saber se nos vamos acomodar ou se vamos lutar por um pouco mais. Eu
aprendi que esse pouco mais faz a diferença. Ou aceitamos e seguimos ou
desistimos simplesmente porque desistir é a única opção que resta. Sim,
desistir também é uma opção.
Minha alma está presa num tempo indefinido, magoada vagueia pelas ruas da eternidade, sem saber o seu poiso, sem saber a sua calma. Tentando evitar olhar o passado, encara o futuro como desconhecido, e silenciosamente passa... Não a sentimos, apenas a conseguimos ler!
sábado, 23 de novembro de 2013
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