As verdades são apenas verdades, umas verdadeiras outras inventadas. Vivemos num mundo de aparições onde tudo o que é deixa de o ser sempre que abrimos os olhos. Quando olhamos em volta ao nosso redor permanecem as mágoas da vida. Quanta culpa esta gente não carrega, quantos fardos uma pessoa não suporta? Tentamos pintar a vida no seu dia-a-dia, mas qual a cor a utilizar? A triste desilusão de uma vida única, vida curta onde a tristeza permanece e as alegrias, essas aparecem de vez em quando fazendo crescer no nosso interior a esperança. Mas esperança de quê? De quem?
São tantas as incógnitas que nos colocam à margem de um abismo, que nos assaltam a cabeça de dúvidas. São tantas as situações com as quais, aos poucos, aprendemos a lidar.
Falo de tempos difíceis, tempos que depressa vão. Não avisam, não preparam, não cuidam, simplesmente vão. Falo de vidas que vejo, que sinto e que vivo, falo e escrevo de uma dor sentida.
Oiço os seus soluços, vejo as suas lágrimas, choro a par com ela, sofro o que ela sofre. E assim fico, num tempo difícil de uma vida curta, de uma vida única. Infelizmente …
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