quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O porquê da Transformação

Já nada existia, já nada havia a fazer, apenas desistir. Não de mim, mas de quem já não me pertencia. Era necessário uma mudança, então optei pelo amor próprio. Já não aguentava sentir. A alegria, a dor, o nada, já não sabia distinguir sentimentos. O vazio era enorme e tudo permanecia neutro. 
Sei que sou diferente, que evito tudo o que envolva amor. Sou fria, ressentida, magoada e que dentro de mim, sem se notar, guardo uma tristeza profunda. Sei! Mas eu precisava desligar os sentimentos, então foquei-me única e exclusivamente numa coisa, Nunca mais sentir!
Quem me ouve, quem me pergunta, não entende. Mas esta sou eu, após as transformações que o mundo me fez. Fui tomada por tudo, tudo que há de ruim lá fora. Foram mentiras, tropeços, promessas quebradas, esperanças sem fundamento… e o que sobrou de mim foi isto: destroços.
Mas aprendi a aceitar, a viver com as desordens que a vida me da. Superar é um verbo complicado... Vou tentando, dia após dia, e talvez um dia eu volte acreditar. Por agora só preciso descansar das desilusões.
Perguntam-me se sou feliz, sim sou! Aprendi a ver a vida de outro ângulo. Depois da fase do vazio encontrei uma nova fase: A minha fase!
Entendi que precisava de ser feliz e que nada nem ninguém importava, apenas eu e o meu gostar de mim. Comecei a fazer o que me deixava feliz, deixando a ideia de amar de parte. Apenas tinha (tenho) um único objectivo: Viver! Aproveitar a vida e estar bem comigo mesma. 
Então ergui a cabeça, respirei fundo e segui, confiante de tudo! Tive que chorar para aprender a sorrir, e tive que perder para aprender a ganhar. 
Hoje, tudo o que sou é uma inspiração para o dia de amanhã. Apaixonei-me pela vida que abracei, não espero que me entendam, mas que me dêem tempo para cicatrizar. 
Saudades? Tenho, de amar e ser amada. Mas eu sou assim, cheia de estragos, mas feliz!





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