quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Destroços de algo




Cresci criando sonhos sobre sonhos, a minha mente sempre viveu inventado e criando pedaços de algo... Aprendi a sobreviver e a valorizar tudo o que de bom tinha, era sempre mais um incentivo para este meu sonho. O que mal me deixava, aprendi a melhor forma de lidar, guardando para mim, no meu silêncio a minha mais modesta opinião!
Ás minhas quedas sobrepus as minhas vitórias e assim continuei, pensando que tudo era possível, bastava querer... E eu quis, quis tanto que muitas vezes esqueci-me dos mais pequenos pormenores!
A vida tem as suas ervas daninhas, tem os seus pôs e os seus contras, e metade das vezes nunca corre como planeamos, é difícil aceitar esta nossa luta, muitas vezes perguntamos-nos o porquê de aqui estarmos... Olhamos em volta e sentimo-nos perdidos, desconectados e muitas vezes excluídos. O nosso mundo é sempre o nosso mundo.

E sonhamos, sonhamos com o que queremos, com o que tememos e sonhamos mais um pouco. Na nossa mente vamos construindo objectivos, desejos, projectos, e aos poucos a nossa vida baseia-se nesse guião, onde quase tudo já está previamente preparado, menos uma coisa, a desilusão!!! Com essa nunca sonhamos, com ela nunca desperdiçamos o nosso celebre pensamento e é ela quem excluímos de tudo ao que chamamos vida. 
Mas na vida e em qualquer outro espaço a desilusão presente está, não a todo tempo, nem a toda a hora, mas sim no inoportuno. E os nossos sonhos e desejos ela é capaz de destruir da forma mais injusta e cruel que existe. Ao longo da vida vamos ultrapassando obstáculos, quebrando barreiras, deixando o nosso ser crescer e aprender por si, criando assim o nosso elo, a nossa força! Tornamos-nos pessoas de carácter, alimentadas pelas mais variadas fontes de vida, incutindo-nos das mais cultas enciclopédias. Porém, preparados temos de estar, um segundo caminho deve ser sempre pensado, tornando-se opção para quando a nossa infelicidade nos ataca. 
Aí, quando o nosso coração magoado estiver, é esse segundo caminho que nos guia a um "novo dia". É ele quem nos vai ajudar a sarar as mais profundas feridas e é ele, no seu cúmulo, que nos vai ajudar a descobrir a força deste nosso Eu. 
Ninguém disse que esta passagem era fácil, tem os seus momentos sim, mas fácil é sonhar... A concretização desses sonhos, infelizmente, não depende só de nós, tudo nesta realidade tem a sua parte significante. Tudo o que nos rodeia tem a sua implicância, o seu meio de contribuir para tudo um pouco. Nem sempre a sorte divina paira sobre nós, e quando este nosso perfeito mundo desaba, cabe a nós optar por soluções, traçar novos rumos e aceitar estas desilusões, pois elas fazem parte da vida e são elas que amadurecem o nosso espírito. Viver para um dia relembrar é tudo o que podemos fazer, é o que de certo ao nosso alcance está. Sem dúvidas... Só com pequenas desilusões... e a isso dá-se o nome de Vida!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Seguidores