O meu relógio encontra-se parado num tempo incerto ao qual neste momento pertenço. Da janela solto pensamentos na esperança que te assaltem e te tragam de novo para o meu regaço. Hoje penso em ti...
Observo uma noite estrelada que me ilumina e me faz voar na tua direcção! Sem saberes, abro a janela da tua alma encontrando-te num repouso reconfortante. Ao ouvido sussurro-te pequenos versos de um amor que em tempos pensei não sentir. E sem te acordar assolo-te de beijos cuidados e cubro-te de uma manta de pequenas saudades que aos poucos se vai destapando. A tua presença mexe comigo!
De novo volto para o meu poiso e continuo assim, olhando o céu estrelado que me coloca no olhar um brilho intenso deixado por ti e acrescido por este sentimento.
As minhas horas passam e sem dar conta o meu pensamento prendesse a ti! Sem explicação possível deixo-me mergulhar nesta pequena ilusão, onde tudo parece tão perfeito e tão real. Dou por mim rodeada por pétalas de sonhos soltos, à minha volta giram nuvens de sentimentos que em tempos se esqueceram... E nesta utopia constante deixo-me ficar, imaginado um beijo teu no meus lábios agora sedentos de um sentimento que desconheço.
Ladrilho assim de novo o meu coração, agora mais calmo e preparado! Sem saberes afeiçoou-me a ti... Num instante deixo a minha alma correr na tua direcção, abraçando-te forte, espetando em ti estacas de um amor quase louco para que a tua partida não se dê.
E agora que a luz da minha manhã é outra, deixo nesta tão mansa aurora reflexos deste meu amor, e em confidencias e promessas renovadas deixo-me adormecer.
Invades assim os meus sonhos, deixando neles a tua suavidade de garoto amadurecido e sem saber como prendo-me a algo incerto! Algo cujo o nome não sei justificar, algo que me esfria e aquece ao mesmo tempo, algo humano e deveras tentador.
Minha alma está presa num tempo indefinido, magoada vagueia pelas ruas da eternidade, sem saber o seu poiso, sem saber a sua calma. Tentando evitar olhar o passado, encara o futuro como desconhecido, e silenciosamente passa... Não a sentimos, apenas a conseguimos ler!
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Adoro ler todas estas tuas reflexões, têm tanto sentimento, escreves de uma forma que me identifico bastante. Parabéns um texto muito bom :)
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