Há muito tempo atrás na barriga de uma mamã nasceu um príncipezinho, pequeno, indefeso, cujo tudo aos seus olhos era um conto de fadas. As borboletas coloridas preenchiam o seu coração e os pássaros que sobrevoam a sua cabecinha faziam-no crer na liberdade humana! Tu ao seu redor era uma magia constante, um arco-íris de emoções e o amor em que nascera envolvia-o de dia para dia. Esse príncipezinho era amado!
Os anos passaram e com eles as voltas da minha trocaram-se, umas cruzaram-se outras simplesmente se afastaram, aos poucos o pequeno príncipe tomou noção da realidade em que estava inserido, tomou conta das cores que de dia para dia se alteravam. As borboletas e os pássaros que em tempos lhe preenchiam o coração passavam uma vez por outra, quando tudo parecia mais calmo. Mas o pequeno continuava a sua viagem... Na esperança de reencontrar esse mundo que em tempos amou!
Andou até não mais poder... Viu de tudo, dor, solidão, morte, ganância, interesse, crueldade... E nos poucos momentos de afecto também saboreou a fraternidade da vida, chegou mesmo a olhá-la de frente, a sentir o seu calor e quão bom este parecia ser.
Porém a vida dorida e machucada pelo homem só deixava sentir esses sentimentos num curto espaço de tempo. Foi então que o pequeno príncipe verteu a sua primeira lágrima, estava diante de um Mundo onde o amor que em tempos sentira já não bastava. Agora olhava um mundo em que o perdão era mais abundante que tudo o resto. Amar era secundário... Já nem a esperança que alimentava lhe servia. As cores agora escuras, fizeram despertar o desejo de querer voltar para o sítio de onde vinha, queria voltar a sentir de novo aquele calor, queria voltar a ver os pássaros e as borboletas que tanto admirava... Queria e por querer assim o fez... Voltou atrás, para um espaço mágico, do qual todos os príncipes e princesas acabam por desejar já mais sair... Voltou para um sonho, onde todos, quer príncipes ou princesas, acabamos por sonhar.
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