terça-feira, 11 de outubro de 2011

Uma história de prazer



... volto a enrolar-me no lençol, a tua mão fria toca na minha pele fervente, sinto o êxtase total a percorrer o meu corpo. Os teus lábios colam-se aos meus, as nossas línguas unem-se e depressa estamos os dois envolvidos na tentação do desejo!
Sinto uma carícia no meu corpo, um arrepio percorre-me fazendo-me dar um pequeno gemido de prazer... Sinto a tua respiração e o teu coração bate cada vez mais depressa. Agarras-me os cabelos que se acabaram por soltar no meio de tanto amanso, agarras-me cada vez com mais força, deixas-me sem ar ...
Beijo-te da forma mais louca que conheço, percorro o teu corpo já decorado aos meus olhos e faço-te levitar num prazer inigualável, prazer esse que jamais voltarás a sentir!
O lençol  aos pés da cama caído está, sobra-nos os nossos corpos que se resguardam um ao outro, juntos fazemos uma manta de paixão.
Cravo as minha unhas nas tuas costas e por momentos chamo-te de "meu", pegas-me na cintura e deitas-me sobre a mesa na qual tínhamos jantado. E neste ritual continuamos, percorrendo corpos e sítios deixando em cada canto um cheirinho deste nosso prazer.
Voltamos à cama, onde tudo começou, onde tudo sempre começa, agora mais calmos o teu beijo é mais suave... Sinto-te chama! Mais uma loucura que fizemos... Acabamos nus, um ao lado do outro, agora apenas de mãos dadas e olhares trocados. Que esta força perdure para sempre dentro de nós, que estes momentos sempre se concretizem e se dêem da forma mais surpreendente de todas!
Dou-te um último beijo. Espero que adormeças... O quarto no qual por momentos se ouviram gritos de prazer aos poucos vai ficando silencioso, no ar paira simplesmente o cheiro de um acto cometido.
Por fim adormeces, aos poucos começo a vestir-me, arranjo o cabelo, calço os sapatos, estou pronta!
Olho uma última vez para ti, pareces santo nesse momento, deslumbro-te uma última vez e saio!
Não olho para trás, não me despeço... Deixo na memória uma cama e dois corpos. Saiu e sigo o meu caminho, com a mesma maturidade, com o meu ego intacto, com o meu sentimento igual... Foi só mais uma história, um pedaço de um capítulo de um livro que um dia estive prestes a rasgar.









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