quarta-feira, 22 de junho de 2011

Tempo que tudo levas

À medida que este nevoeiro foi caindo sobre minha alma tu foste-te desvanecendo como cinzas, estavas tão perto e agora estas cada vez mais longe.
Esse teu rosto que em tempos o conheci de cor, hoje é para mim um mito, e cada traço desse teu rosto, hoje é para mim desconhecimento completo. Já não me lembro!
E quando me vêm a cabeça certas memórias, são apenas memórias pequenas, memórias que já não sei mais a quem pertencem, se a mim, se a ti, se a nós...
Tento imaginar aquele cheiro que sentia ao nascer do sol, tento-me lembrar do teu rosto quando te aparentavas num descanso eterno, mas também já tudo isso se foi.
À medida que o tempo passa, vou-me esquecendo cada vez mais de ti. E tudo à minha volta ganha novas cores, novas formas, novos cheiros.
Que indefinido é este tempo da nossa vida, ele que tudo trás e que tudo leva, ele que alivia o nosso coração da forma mais rápida que existe (apesar de muitas vezes não parecer).
Tenho de ti já tão poucas lembranças… Nem parece que ainda ontem te vi. À indiferença que o ser humano chega. Tudo na vida é de fácil esquecimento, tudo, principalmente o Passado.

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