segunda-feira, 27 de junho de 2011

Tenho medo daquela hora. Temo-a, ela assusta-me! Não a consigo aceitar, não a consigo entender, acho-a tão injusta. Fecho os olhos sempre com o desejo de os abrir, com o desejo de ver novamente a beleza das cores, de ouvir o som do silêncio, o som do meu folgo ao respirar de alivio. Sinto o bater do meu coração, estou viva!
Essa dor, esse medo persegue-me, todos os dias, nas mais variadas horas. Antes não costumava ser assim ...
Pensar nela dá-me arrepios, faz-me gelar o corpo. 
Já assisti ao seu poder, poder de destruição. Ela consegue fazer com que o sentido da vida deixe de ser sentido, ela consegue tirar tudo, levar tudo, assim, do nada. Temo-a, tenho-lhe um medo inexplicável. Tenho medo que ela me leve, ou pior que ela  leve o que tenho! Como poderei eu entende-la? Atribuir-lhe um significado? Pode poderei eu aceitá-la? 
Os dias passam, e de dia para dia cada vez mais estou mais perto dela, não a posso evitar (com muita pena minha). Peço-lhe somente, que este fim, este desfecho, seja com dignidade, seja merecido! Peço-lhe somente, para me deixar despedir!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Seguidores